Ensino de História após a ascensão da extrema direita no Brasil: venceremos a barbárie?
DOI :
https://doi.org/10.17398/2531-0968.13.04Mots-clés :
ensino de História; extrema direita; escola sem partido; BNCC-Base Nacional Comum Curricular; trabalho educativoRésumé
O objetivo deste texto, escrito por pesquisadores do campo do Ensino de História de diferentes regiões do Brasil, é refletir acerca dos desafios do ensino de humanidades e do trabalho educativo de professores/as no Brasil contemporâneo. Apontamos criticamente algumas implicações políticas, éticas e didáticas dos discursos e práticas da extrema direita no país. Para isso, tomamos como mônada as consequências do Escola sem Partido (ESP) sobre o cotidiano escolar e o trabalho educativo que instaurou a atmosfera de uma educação vigiada e censurada por parâmetros conservadores. Identificamos uma continuidade entre tais tendências e os recentes massacres e ameaças nas escolas. Além disso, mobilizando o conceito de experiência atrelado às práticas culturais, discutimos o lugar da comunidade disciplinar de ensino de História entre obstáculos e resistências, na medida em que a ela se impõe a tarefa de educar para que não se repitam outras barbáries.
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